Como recorrer às metas SMART para aumentar a eficiência

10 mar 21

Como recorrer às metas SMART para aumentar a eficiência

Alcançar um sonho ou um grande objetivo raramente é uma tarefa simples. A capacidade de visualizar com clareza essa meta em sua complexidade pode ser determinante para planejar maneiras de chegar até ela.

Muitas vezes, a grandeza ou a distância desses objetivos confunde o planejamento para alcançá-los. É necessário converter os sonhos em algo concreto e palpável, ainda mentalmente, para agir com objetividade. Assim, chega-se a um resultado eficaz.

Para sintetizar uma maneira inteligente de planejamento para traçar metas, o executivo George Doran difundiu a metodologia SMART no famoso (e ainda atual!) artigo “There’s a S.M.A.R.T. way to write management’s goals and objectives (“Há uma forma inteligente de escrever metas e objetivos de gestão”, em tradução livre).

O que são metas SMART

Já que nem sempre é tão fácil “recortar” os objetivos em etapas menores, que levem aos resultados, usar a metodologia SMART ajuda a estabelecer etapas objetivas e bem-estruturadas para atingir a meta, tanto para gestores quanto no contexto pessoal.

O nome SMART é um acrônimo, que permite lembrar facilmente seus componentes:

    • S: Specific (específicas)
    • M: Measurable (mensuráveis)
    • A: Attainable (atingíveis)
    • R: Relevant (relevantes)
    • T: Time-based (temporais).

    Essa sigla é um conjunto de princípios a manter sempre em mente na persecução de objetivos. Significa que cada letra serve como o lembrete de um aspecto essencial na hora de planejar metas rumo a um objetivo.

    Portanto, elaborar metas SMART não depende de nenhuma inovação tecnológica ou outro recurso além de papel, caneta e dedicação para chegar a bons resultados.

    A seguir, detalhamos cada um dos parâmetros das metas SMART, para deixar bem claro o que é fundamental para planejamentos eficazes.

    S: metas específicas

    A especificidade, neste contexto, é sinônimo de objetividade. Nem sempre é simples ter a clara noção dos limites da meta, ou mesmo do objetivo.

    As promessas vagas de Ano Novo são um exemplo de falta de especificidade. Pensar no momento da festa que “vou aprender um idioma no ano que vem”, por exemplo, não basta por si só.

    Embora seja uma formulação direta, ela terá maior chance de se concretizar se for acompanhada da uma reflexão mais longa sobre outros aspectos. Um bom ponto de partida para tornar metas mais específicas geralmente é questionar: como vou chegar lá?

    Isso poderá levar a diversos meios: cursos de diferentes perfis, autodidatismo, intercâmbio, ajuda de amigos, entre outras opções. Cada um desses fatores poderá ser consultado individualmente, levando à seleção da melhor possibilidade.

    Em seguida, será possível entender a dificuldade e o tempo que costuma se levar para aprender o idioma. Talvez, isso leve à divisão do objetivo em metas menores, ainda mais objetivas e mais fáceis de cumprir e monitorar.

    Assim, uma nova formulação de “vou aprender um idioma no ano que vem” poderá ser:

      • “Ano que vem, vou começar um curso de chinês na escola X”.

      Para entender se a meta está específica, um bom sinal é o planejamento permitir estabelecer ações claras a partir dela. Nesse caso, procurar uma escola específica, dentre diversas opções cogitadas.

      M: metas mensuráveis

      Como saber se cumpri um objetivo se não sei com o que ele se parece? Não é possível avaliar o sucesso de uma meta se ela não for mensurável – ou seja, se ela não pode ser medida.

      Em muitas organizações preocupadas com a gestão de dados, os famosos KPI (Key Perfomance Indicators, ou indicadores-chave de desempenho) ajudam a entender se as estratégias aplicadas são eficientes para obter resultados.

      As métricas são fundamentais para aferir o que funciona, o que não funciona e se mudanças surtem efeito numa meta. Construir a meta tendo em mente situações claras e que podem ser avaliadas é importante para que ela seja mensurável.

      Usando um exemplo muito básico de marketing digital: o objetivo é aumentar vendas a partir de visitas a um site. Uma ou mais atividades que podem ser medidas associam-se a esse objetivo:

        • “Fechar três contratos no próximo mês, a partir das visitas ao site”.

        O número de contratos é uma métrica para avaliar o progresso da meta, nesse caso.

        A: metas atingíveis

        Trazer grandes objetivos para a esfera do que é concretizável parece ser uma tarefa óbvia, mas não é. Um bom ponto de partida para trazer para perto aparentes miragens é fazer o esforço mental de calcular quantos passos serão necessários para atingir o objetivo, a partir do ponto em que se esteja hoje.

        Se o objetivo depende de mais pessoas para ser realizado, é razoável pensar se elas estarão dispostas a colaborar. Um gestor de equipes não pode simplesmente colocar a meta “na lua” se os empregados não têm a mínima condição de cumpri-la.

        É claro que talvez o uso de recursos adicionais, como ferramentas de automação, premiação de entregas suplementares e outros recursos possam tornar a meta realizável. Mas mesmo esses viabilizadores devem ser realistas.

        R: metas relevantes

        A capacidade de despertar motivação do indivíduo ou da equipe encarregada para executá-la é o que torna uma meta relevante. Portanto, no caso do trabalho conjunto, ela deverá conciliar os diversos interesses.

        Para determinar se a meta é capaz de atrair motivação, é necessário autoconhecimento ou conhecimento da equipe. Mais uma vez, fazer perguntas pode ajudar a descobrir a relevância da meta para as partes envolvidas.

        Atrelar um incentivo à conquista da meta é uma maneira comum de agregar relevância. Novamente, é necessário que o incentivo também seja relevante, e isso pode ser bastante subjetivo.

        T: metas temporais

        Definir o tempo de execução de uma meta é, também, fundamental para seu sucesso. Sem um prazo, a procrastinação torna-se uma forte tendência. Pior do que isso, também pode reduzir a motivação para sua entrega e contribuir para o fracasso.

        Determinar prazos para metas é altamente subjetivo. Avaliar a urgência e a importância dela será fundamental para propor um período realista para sua execução. Atenha-se ao tempo necessário para completar a meta: assuma um ritmo aceitável, sem cobrar demais ou de menos.

        Conclusão

        Feliz ou infelizmente, fórmulas mágicas para administração de empresas ou para determinar planos bem-sucedidos na vida não existem. Os questionamentos trazidos pelo acrônimo SMART podem trazer a consistência necessária para que cada indivíduo “preencha as lacunas” de cada parâmetro, adequando as metas a seus planos.

        Uma vez que se tenha chegado a metas bem-delimitadas, recomendamos que você as disponha num local de fácil acesso para consulta. Afinal de contas, metas SMART sólidas são fruto de uma intensa investigação de propósitos pessoais e condições objetivas, que sempre merecem ser revisitadas.

        Por favor, compartilhe sua experiência com metas SMART na seção de comentários abaixo e compartilhe com seus amigos esse artigo, caso ele lhe tenha sido útil. Não deixe de ler outros textos no Blog da Graduação da FIA para mais insights sobre carreira, administração e desenvolvimento pessoal.


        Voltar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *