A busca pela reinvenção é uma necessidade tanto para produtos e serviços quanto para empresas e profissionais. Esse objetivo pode ser buscado com maior ou menor intensidade, mas ganhou velocidade inédita com a chegada da pandemia global de 2020.
Recentemente, deu-se o apelido de “novo normal” a essa necessidade de inovar ainda mais do que era a norma antes dessa tragédia sanitária exercer sua influência sobre o mundo.
No entanto, para adequar-se às novas expectativas de inovação, convém entender quando, por que inovar e até mesmo repassar o conceito de inovação.
O que é inovar
Um verbete de dicionário de língua portuguesa traz as seguintes definições para inovação:
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- Inovação: ato ou efeito de inovar
- Inovar: produzir ou tornar algo novo, renovar, restaurar.
Nessa acepção, a ideia convencional de que inovar equivale a criar algo novo ganha um significado complementar de transformação, ressignificação, reforma.
Em segundo lugar, podemos recorrer à noção de Michael Porter sobre inovação. Porter é o autor do modelo 5 Forças de Porter sobre enfrentamento da concorrência, no qual “empresas devem ser flexíveis para reagir com rapidez às mudanças competitivas do mercado”.
As cinco forças do modelo são:
- Rivalidade entre concorrentes
- Poder de barganha dos fornecedores
- Poder de barganha dos clientes
- Ameaça de novos concorrentes
- Ameaça de novos produtos ou serviços
Esses “pilares” devem ser mantidos sempre em mente para perseguir um pensamento inovador. Seguindo nossa definição de dicionário, essa inovação pode ser aplicada tanto à criação de novos produtos e serviços quanto à elaboração de outras formas de pensamento ou utilidade – a inovação de se manifesta de várias formas.
Os tipos de inovação
Podemos esquematizar a inovação em três gêneros, que implicam ações e consequências diferentes:
1. Produto
A elaboração do ciclo de vida do produto é a chave deste tipo de inovação, que é promovida por empresas.
Junto com essa estruturação, também é definida uma estratégia de lançamentos de novos produtos – dinâmica bastante sentido no lançamento de novas versões de telefones celulares, por exemplo.
Identificar os diferenciais do produto ajudará a criar a necessidade no consumidor pelo produto lançado.
2. Processo
As novas tecnologias são centrais para este tipo de inovação: reduz custos e traz eficiência de processos para a marca. É o caso da implantação de novos sistemas de gestão numa empresa, por exemplo.
3. Modelo de negócio
Tanto um negócio quanto um profissional podem aderir a este tipo de inovação. No caso dos indivíduos, atualizações podem ser aplicadas à elaboração de novos planos de carreira e de cursos de atualização, por exemplo.
Já numa empresa, as novidades num modelo de negócio podem vir na forma da abertura de novos mercados, na definição de novos produtos ou serviços ou na descontinuidade deles.
As particularidades de inovar hoje
A chegada avassaladora de circunstâncias atípicas sobre a economia teve efeito heterogêneo sobre negócios e empresas. Olhando de modo geral, o efeito claramente foi negativo, tolhendo o potencial de geração de riqueza e impondo entraves inéditos para o fechamento de negócios.
Porém, uma visão particularizada do enfrentamento dessas adversidades pode mostrar que algumas empresas e profissionais conseguiram evoluir e encontrar novas maneiras de atuar nesse novo contexto de trabalho.
De fato, a capacidade de passar por ciclos mais rápidos de inovação foi, e deve seguir sendo, o diferencial organizacional de organizações e trabalhadores a partir de agora.
Alguns aspectos das novas formas de atuação que deram resultado para empresas que souberam inovar foram:
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- Lançar novos produtos e serviços
- Seguir para o mercado online
- Readequar estruturas
- Ouvir os consumidores.
Por outro lado, do ponto de vista do indivíduo profissional, o pensamento e a atitude inovadores geralmente está ligado à capacidade de criar e colocar em prática novas ideias.
Naturalmente, esse comportamento empreendedor vem acompanhado da abertura à possibilidade de errar e à tomada de riscos. Nesse contexto, uma boa visão administrativa foi, é e seguirá sendo um diferencial de grande valia.
Habilidades de profissionais inovadores
Claramente, nem todo mundo empreende. Mas uma capacidade inovadora também entra no radar de organizações que buscam novos profissionais. A presença de sete habilidades num indivíduo pode fazer a diferença para se posicionar nessa busca:
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- Curiosidade
- Associação
- Observação
- Proatividade
- Networking
- Atualização
- Pensamento crítico.
Profissionais com essas habilidades encontrarão ambientes férteis, no atual contexto, somente em empresas que conseguem cultivar um ambiente propício à inovação. Equipes multidisciplinares que favorecem uma interação produtiva entre esses indivíduos têm boas chances de promover ciclos rápidos de inovação.
Por outro lado, empresas com poucos profissionais que reúnam essas habilidades geralmente têm um ciclo mais lento de inovação, e tendem favorecer o avanço dos concorrentes ao competir no mercado.
Conclusão
Portanto, somente é possível inovar na nova realidade que se afigura regando o normal com a semente da inovação.
Fortalecer desde já as potencialidades de sucesso também trará reflexos na felicidade, na sustentabilidade e no prazer do cotidiano.
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